Em
uma luta, o mais importante é vencer a si mesmo, através da disciplina,
confiança e autocontrole. Assim como no octógono, onde acontecem acontecem as
lutas de artes marciais, dentre elas os famosos embates de MMA, um profissional
precisa planejar a vitória, ou seja, ter foco em seus resultados. E o que esportes de artes marciais tem a ver
com a sua carreira?
O
consultor organizacional e coach, professor Adilson Neves, afirma que planejamento é a chave da vitória
em qualquer luta. E não é diferente na gestão organizacional. Planejar é afinar
a estratégia, definir claramente o objetivo, alinhar as etapas e desenhar o
caminho do sucesso.
E
como começar a planejar?
O
primeiro passo é conhecer o oponente. Entender seus pontos fortes e seus pontos
fracos. Escrever a matriz FOFA – Forças, Oportunidades, Fraquezas e Ameaças – a
conhecida SWOT. Essa é uma das ferramentas mais conhecidas em Planejamento
Estratégico e tem sido utilizada com muito sucesso na gestão. Mas, nao basta conhecer o adversário. É
preciso autoconhecimento, ou seja, entender os seus limites, as suas
capacidades.
Quando
Sócrates cunhou na Grécia antiga a célebre frase: “Conhece-te a ti mesmo”, ele estava nos ensinando que a chave do
sucesso pessoal e empresarial começa quando conseguimos cuidar de nós mesmos,
investindo em nossos fraquezas e otimizando nossos pontos fortes. Numa luta é
preciso vencer o nervosismo, a ansiedade, o cansaço físico e mental. Autoconhecimento
também é a pedra angular da gestão, pois ele é a base da construção de líderes
e equipes de alto desempenho nas organizações.
Um
passo que não pode ser negligenciado é estabelecer as táticas, estudar o
oponente ao ponto de preparar com antecedência as táticas para buscar a
vitória, e a capacidade de ser usar a flexibilidade para alterar no curso da
luta, caso seja necessário. Uma luta exige uma boa dose de adrenalina pessoal
porque o risco é inerente. Gestão empreendedora exige uma boa dose de risco.
Coragem, persistência e foco são
competências comuns a gestores e lutadores de artes marciais. Numa luta há
situações difíceis, quedas, dificuldades, erros. No universo organizacional não
é diferente. Por isso, os grandes lutadores aprendem desde cedo que é preciso
ter diferentes opções de ataque e defesa para serem usadas nas diversas
situações. Aprendem também que derrota faz parte do jogo. Preparam-se para
vencer, mas estão preparados para perder.
As
artes marciais ensinam muito de gestão, na medida em que permite analisar o
lutador como um gestor de sua própria carreira, como capaz de investir em
competências essenciais como saúde, equilíbrio emocional, harmonia, autoestima
e disciplina.
LIÇÕES DAS ARTES MARCIAIS PARA A CARREIRA
EQUILÍBRIO: Em uma luta, o mais
importante é vencer a si mesmo. Isso, porém, só é possível se o equilíbrio
emocional for mantido. É preciso deixar de lado o nervosismo, a ansiedade e o
medo de colocar em prática tudo o que foi aprendido nos treinamentos.
CONFIANÇA: A preparação mental de um
lutador é tão importante quanto o treinamento físico para cultivar a confiança.
LUTA: Sempre haverá divergência no
ambiente de trabalho e não se deve fugir disso. Por isso, para ganhar uma
competição é preciso saber esperar a melhor hora de agir.
CARACTERÍSTICAS: Para vencer é
essencial: calma, para analisar rapidamente qual a hora certa de atacar ou
defender; resistência, para completar a luta; e perseverança, para manter o
ataque e a defesa até o desfecho final.
ADVERSÁRIO: Humildade é a chave para
vencer quaisquer obstáculos na carreira ou em uma luta. A vaidade em demasia
por acabar com a sua carreira.
OPONENTE:
Para vencer uma luta, o lutador precisa dominar várias técnicas e estudar a
maneira de lutar do adversário. É preciso estudar o oponente. Isso ajuda a
montar a tática para buscar uma vitória. No ambiente corporativo é preciso
estudar o mercado e o ambiente interno, estando atento as tendências para ter
objetivos claros e factíveis, mensuráveis e atingíveis.
* Matéria organizada com o apoio da Aldeia Comunicação (Vitória-ES) e publicada no caderno de Economia do jornal A Gazeta em 11 de agosto de 2013.
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